Cuidados com a pele: fuja das falsas promessas!

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Escrito por Gisele Viana

em 1 de fevereiro de 2014

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Nas últimas décadas, diversas substâncias vêm sendo usadas para tratar o fotoenvelhecimento. Muitas outras vêm sendo lançadas no mercado ano após ano, causando muitas dúvidas e confusão por parte dos pacientes. Muitos são os laboratórios que afirmam que essa ou aquela nova substância trata o envelhecimento da pele, mas poucas são as substâncias que mostraram uma eficácia real. Esta eficácia pode ser comprovada por meio de estudos científicos realizados em seres humanos e animais.

Algumas destas novas substâncias são lançadas no mercado envolto em grande publicidade, mas muitas vezes, elas foram testadas somente “in vitro”, ou seja, em células cultivadas em laboratório, sem que nenhum estudo em seres humanos tenha sido realizado. Testar as substâncias em células cultivadas em laboratório continua sendo importante. Geralmente é um primeiro passo, pois nestes estudos podemos isolar um ou outro efeito que desejamos estudar, de um ambiente muito mais complexo que é o corpo humano. Mas, depois, há que se verificar se os mesmos efeitos encontrados nas células isoladas são vistos quando o medicamento é usado na pele de um ser vivo e de um ser humano.

Em medicina, não podemos aceitar apenas a experiência do médico para comprovar a eficácia de um medicamento. Sempre que alguém levanta a hipótese de que uma substância possa ter algum efeito terapêutico é benéfico ao corpo, é necessário verificar a veracidade daquela hipótese.

O médico dermatologista, muito antes de se especializar no estudo das funções e da morfologia da pele, e no entendimento das suas doenças, cursou seis anos de medicina. Durante esse tempo, aprendeu também a ler a literatura médica, avaliando os estudos científicos publicados em todo o mundo sobre diversos tratamentos, com noções de bioestatística e metodologia da pesquisa. Teve tempo de desenvolver um senso crítico sobre as várias publicações. Ou seja, ele é capacitado para “separar o joio do trigo”.

Por exemplo: um estudo sobre o tratamento da pele com uma determinada substância feito com três participantes é diferente de um estudo feito com 300 ou 3000 participantes. E, se outro grupo de pesquisadores, em uma universidade distante daquela onde foi feito o primeiro estudo, consegue encontrar resultados semelhantes com a primeira pesquisa, a comprovação dos resultados é ainda mais forte.

Por isso, antes de ir para a internet para tentar entender essa literatura, com tantos meandros- pois nem tudo o que está escrito é comprovado-, você pode consultar seu médico dermatologista. Ele saberá te dizer se um medicamento tem ou não eficácia no tratamento da pele doente ou envelhecida, e poderá indicar o tratamento correto para seu tipo de pele, além do melhor protetor solar.A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou, há alguns anos, uma campanha com um título simples, mas sensacional, e que relata muito bem o que conversamos: “salve sua pele, consulte um dermatologista!”

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